quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

É sempre assim


Eu estava na mesinha do meu quarto estudando para a prova que haveria no dia seguinte, e eis que de repente surge um inseto ínfimo diante das minhas questões logarítmas... Eu paro, e olho atentamente ao inseto que me parece pedir socorro, pois consigo observar no mesmo às asas um tanto ferradas, como se tivessem sido rasgadas; E a partir do mesmo instante passo a observá-lo e tentar entendê-lo.

Com certa rapidez, pude conferir que era uma espécie de formiga “com asas” (bem, algum dia ela já as possuiu, pois hoje só há vestígios destas.) e que conforme eu tentava retirar-lhe as asas, fazendo-a sentir-se livre do que atualmente só era algo sem importância e significado para ela, ela corria, e por mais que eu puxasse as asas ela saía andando, e se tivesse um lápis na mesa ela passava por cima numa boa. E pode parecer loucura para muitos, mas eu me enxerguei nessa formiga...
Eu vi que por mais que haja alguém me fazendo ficar presa ao chão eu sei que mesmo sem asas eu posso “voar”, eu posso ir longe, e por mais que ocorra de ter obstáculos em meu caminho, eu sei que consigo ultrapassá-los mesmo que eu necessite da ajuda de alguém, nenhum obstáculo é tão grande que não possa ser superado.
Na mesa tinham duas opções de caminho: a que dava para a janela e a que dava em um pouco de água que eu deixei cair, e ai foi a parte mais incrível de toda essa maluquice, a formiga viera pela janela, seguiu até chegar ao que para ela seria uma poça d’água e depois a contornou até a janela novamente; E isso se mostrou a coisa mais impressionante para mim, eu vi que podemos estar trilhando caminhos certos, e se por um acaso chegarmos a um caminho errado, da mesma forma que a formiga contornou, nós podemos recomeçar e tentar fazer tudo certo.
Depois de conseguir ver tudo isso em um minuto com um simples inseto, percebo que todos somos iguais, independente de etnias, nacionalidades, descendências, todos acertamos e erramos, e somos capazes de voltarmos atrás em algumas de nossas escolhas, e o importante é sabermos que por mais que possa haver um recomeço, temos que ter como foco o nosso acerto, porque se não pudermos refazer uma escolha, não precisaremos nos arrepender, pois na hora que a fizemos, estávamos certos de seus prós e contras.

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