quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Enquanto eu olho pro mar, as coisas acontecem...

..Você era a plenitude dos meus dias exaustos e repletos de tanta razão, mas, nada coopera com a onda do amor quando o amor não se permite ser onda e nada colaborou pra que eu permanecesse fora de mim, dentro de ti - navegando. E ainda que eu sinta você beijar minha ilusão enquanto deito na areia, é tolice acreditar no meu jeito desumano de roubar do outro o que nunca coube em mim. Nasci pra absorver a vida enquanto a fonte se mantém inesgotável, não nasci pra transbordar um viver que não é meu. Enquanto ao amor, eu escrevo – o e apago. Navego de volta ao meu ponto de partida. Despida, caminho e vivo num indo e vindo infinito amar você. Que o mar me confie o prazer de pertencer apenas à palavra viva, a vida que vivo e amo enquanto a razão adormece, enquanto o nosso amor padece, enquanto eu finjo escrever o que minha poesia carece: você.

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