quinta-feira, 16 de setembro de 2010

triste


Mundo, por favor deixa-me viver na agonia, deixa-me entrar no meu mundo e desligar, depedir de tudo e todos... Parece que vivo uma felicidade falsa, por isso não vale a pena viver, de que me vale enganar-me a mim própria? De que me vale saber a verdade que dói e magoa muito mais que as mentiras que nos aconchegam e que, apesar de falsas, estão connosco? Não estou nas melhores condições e a vida parece não compreender o que sinto, está a despachar o tempo e só me dificulta ultrapassar o momento que é repetido no meu coração vezes sem conta... Não me quero preocupar, sou uma pessoa horrível que não merece nada de ninguém, nem eu consigo viver com este peso que carrego, torna-se dificil o passar do tempo, ... Perdi tudo o que me restava, perdi a vida e o mundo esta contra mim, mas que mal lhe fiz se tentei apenas encontrar-me? Ai... Tenho tanto dentro de mim, tantas cinzas, de tão escuro que nada vejo e estou cega no meu mundo. Não quero saber de mais nada, não quero orgulhar-me pelo que sou porque sou nada, sou vazia, triste, e que exigo perfeição dos que me rodeiam, perfeição essa que não a tenho e por isso não tenho o direito de a pedir dos outros. Sou exigente, mas não devia, devia estar calada e abafar todos os sentimentos que sinto, todos os bons momentos, tudo o que fez no que sou hoje. Quero acabar, terminar aquilo que comecei e colher a tempestade que criei, espadas rancorosas atacam-me nas costas que provocou um suspiro, um simples suspiro que acabou comigo. Bastava um simples olhar para eu mudar, mas esperei tempo demais por alguém, amei tempo demais, e critico-me cada vez mais, porque é isso que todos querem: Magoar-me. Pois bem, magoem-me, matem o meu coração, acabem comigo. Sufoco-me nesta angústia, choro todas as noites e deixo de pensar e olho para o vazio horas e horas, sofro devido ao que faço, choro pelo que faço, tudo se resume ao que faço porque não consigo esperar, porque não consigo amar, porque limitei-me a abafar e engolir raivas que eram desnecessárias. Agora resta-me a tosse dos pequenos choros, silenciosos, mas mais dolorosos que os choros habituais, doi tanto que só consegues sentir dor e fechar os olhos para que a dor termine, só queres parar mas é impossivel, só queres amar mas nada consegues... O tempo está sempre a correr, o mundo continua a girar e eu a querer arrancar os sofrimentos as raivas que acabei por criar por consequencia do passado, das memorias e dos assuntos inacabados, pelas coisas que quis dizer mas que contive e agora tudo isso esta agarrado a mim. Mas as espadas libertam a dor, provocam uma mas libertam o que mais me custa: magoa. Imploro para que a dor me perdoe, rastejo sobre a rejeição e solidão, entrego-me à angustia e abraça-me ao desespero, porque é assim que estou, no meio da tempestade, cheguei ao limite do sofrimento, quero parar, mas os momentos são as espadas que me apunhalaram e faz-me tranpirar toda a raiva... As espadas dos guerreiros que tentaram avisar-me do que iria acontecer mas que eu ignorei porque tive que me conter, tive que fechar os olhos e coser a boca para me calar, estive tanto tempo assim que agora, não sei quem sou, esqueci-me de tudo, e só me restou a triste espada que permanece em mim como castigo, a sentença que sinto e que me puxa para o passado, estou a dizer que graças à pressão sou nada e desisto, baixo os braços porque perdi e não consigo admitir a derrota, saboreio o ódio da derrota, quero parar, quero descansar, porque é que o mundo não me deixa hibernar para o meu mundo por uns tempos? Só quero esquecer, só quero tomar uma série de comprimidos para esquecer, só quero ouvir as músicas foram esquecidas pela dor, só quero reavivar a memória para uma coisa: esquecer de quem sou e de quem fui, quero que me deixem em paz, parem de me criticar, chega de me dizerem que estava errada, já me considero culpada, não preciso que os outros me digam que errei, não preciso de ninguém, nem de mim mesma, quero agarrar-me a única memoria que me deixou neste estado e deixa-la ir para a espada que me fez finalmente admitir na pessou que sou: egoista, insensivel, arrogante... entre muitas mais caracteristicas más que me deixam em agonia. Não sou capaz de mentir a mim própria, sou a pessoa mais fria que pode haver, mas também não sou capaz de admitir isso a ninguém, mas está na hora de ignorar os outros, não ligar aos meus amigos já que eles não se preocupam comigo, não ligar ao que a minha mãe está sempre a dizer: que sou bonita, que sou forte, porque não sou, sou uma fraca que anda a passear um conhecimento falso perante os outros... Sinto falta de alguém para me equilibrar, mas não vou esperar por alguém que não existe e muito menos amar quem pouco conheço, não vou ligar ao que rodeia à minha volta, não me vou preocupar, para mim chega. Chega de mentir, de ser falsa, de sorrir quando estou triste, de criticar quem invejo e dizer a que sim aos que me atiram poeira para os olhos. Vou para o tempo, vou reviver o que me tornou assim, vou mudar quando coneguir olhar para o céu e dizer: agora sim gosto de mim, por muitos defeitos que tenha; mas isso já está longe e as desilusões estão tão mais perto que vou sufocar-me nelas, vou mergulhar nos problemas e revivê-los novamente. Basta, chega de pensar que sou feliz quando não sou, chega de concordar com ideias que rejeito totalmente mas que apenas concordo para não perder amigos, os amigos ficam comigo até ao fim, por muito defeitos que eu tenha ou que eles tenham, permanecem firmes na opinião que são meus amigos e se forem mesmo, então sabem esperar e tomar conta dos meus defeitos sem me criticar. Vou simplesmente gritar ao mundo que não preciso de ninguém, não me quero e não me sinto desejada num sítio que não pertenço, não quero saber da vida para nada e com isto não estou a dizer que me vou suicidar, porque sou fraca até certo ponto, mas não sou capaz de acabar tão facilmente comigo, já pensei nisso é um facto, mas é uma ideia suspensa entre muitas outras que não vou cumprir e que são suposições. Quanto ao mundo: Quero que se lixem, todos nós não servimos para nada, se querem ficar sozinhos, fiquem eu desisto de tentar ajudar de quem não quer ser ajudado, desisto de ser amigas que não querem ser minhas amigas para mim chega, a paciência agora está no mínimo e não tenho contade nenhuma de aturar as pessoas. Tenham um pouco de compreensão e parem de pensar tanto em vocês, comecem a pensar nos outros, talvez aí eu acorde das angústias que me revoltam.(27/11/2008)

Nenhum comentário:

Postar um comentário