domingo, 27 de maio de 2012


Miguel: Lu, só me diz uma coisa. Eu tô confundindo tudo? 
Luciana: Como assim? 
Miguel: Luciana, eu não tô mais cabendo na minha casa. Não tô mais cabendo dentro de mim, dentro do meu corpo, dos meus pensamentos. Eu não tô.. Eu perdi a minha paz. Eu perdi a minha concentração. Fome, sono.. Eu perdi a minha calma. Eu preciso recuperar isso, para continuar vivendo. Eu preciso saber se eu tô sozinho ou se tô acompanhado nessa. Se isso é um delírio ou ilusão, ou uma história que eu inventei. 
Luciana: Miguel, você.. 
Miguel: Espera, espera. Escuta. Eu queria que você soubesse, que mesmo que isso não dê em nada, já valeu. Já valeu a pena por tudo que eu experimentei assim, assim sozinho. Na solidão dos meus pensamentos, dos meus desejos.. Você sabe o que eu tô falando, não sabe? E Lu, isso tudo que eu estou sentindo fica preso assim, por um fio de esperança, que vem de cada encontro que a gente tem, de cada vez que eu sinto o seu cheiro, de cada vez que eu vejo o seu sorriso. E é muito bom, mas eu preciso me libertar disso, eu preciso me livrar dessa angústia que está me matando. Mesmo que eu sofra o resto da vida desse sentimento, que tem sido meu bem, mas que também tem sido meu mal. Luciana, eu vim aqui porque eu preciso te dizer.. 
Miguel e Luciana: Eu te amo!

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