domingo, 4 de março de 2012


 Deixei a janela aberta para que o ar pudesse correr em meio aquele quarto abafado em que me deixei trancar, pensei que assim pudera fazer com que a solidão fosse embora jundo com o calor. Deixei-a aberta para novos ares e sensações aparecerem. Não vou fecha-la nunca mas, já chega! Pode vir um vendaval, uma hora a chuva se acalma e tudo volta a sua normalidade. Uma voz atras de mim diz:
          _Se cubra pequena…
     Os males do mundo não chegam só com a janela fechada, nem tudo que tem uma certa liberdade é bom. 
     Sinto vontade de ficar sozinha, tomando a minha xícara de chá verde com biscoitinhos de chocolate. A folhas estão caindo a laranjeira está ficando sem cor, a vida continua passando, meus olhos já estão fundos de todas as noites em que passei acordada olhando a mesma imagem. Olhe ao seu redor, estou presa, não dentro deste quarto mas dentro de mim. Preciso que alguém me de liberdade. Olhe de novo ao seu redor, estamos cheios de gente ao nosso redor, mersmo assim continuamos a nos sentir sozinhos, deprimidos, abandonados […] Pobre alma, um dia foi tão feliz e hoje não passa de mas uma por ai, andando pelas ruas vazias de uma grande cidade. 

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