sábado, 31 de março de 2012
Só me fala que vai me aturar. Aturar todas as minhas crises de ciúmes, meus momentos - não tão raros - sem paciência, as minhas desconfianças e meus surtos de insegurança. Aturar meus dramas, minhas teimosias, minha arrogância, minhas piadas sem graça e o meu não-romantismo as vezes. Aturar todos os meus tipos de provocação, meu amor por outras pessoas, minhas mudanças inconstantes de humor e de temperamento. Aturar minha mente confusa, minha memória irritante, minha sinceridade exagerada. Aturar quando eu falar que te amo mais e também quando eu não falar que te amo. Aturar e segurar tudo não por mim, nem por você… Mas por nós.
domingo, 4 de março de 2012
Eu hoje parei e fiquei olhando pro nada e pensando na gente, nos planos que fizemos, nas promessas feitas e não cumpridas e sabe bateu uma saudade do seu cheiro, do seu abraço que me fazia sentir protegida, do jeito como você dava aqueles sorrisos bobos pra mim e do seu olhar quando a gente fazia planos.
Foram tantos planos não é mesmo? Nessas ferias por exemplo a gente estaria juntos, e eu lembrei disso e olhei aquele banquinho la em baixo onde a gente sempre sentava. Você se lembra? Lembra que você ficava sempre atrapalhando meu cabelo e eu brigava contigo? Lembra que você sempre olhava nos meus olhos e dizia “garota te amo tanto”? Lembra do quanto você me iludiu? Pois é eu ainda te amo e sempre fico triste quando remexo nessas lembranças porque eu tenho certeza que esses momentos nunca irão voltar e você não faz ideia do quanto essa certeza dói.
Sabe hoje resolvi mexer em algumas coisas que eu não mexia à tempos, e abrindo aquele baú de lembranças vi várias fotografias que o tempo não foi capaz de destruir, peguei então uma e olhei fixamente para ela e eu era a da direita sei la eu era tão diferente e eu estava com os meus amigos. Ah, eles me faziam tão bem conseguiam sempre arrancar sorrisos bobos de mim, mais naquele momento estavam arrancando lagrimas por não poder ter todos de volta. Continuei revirando aquele baú e foram passando muitas lembranças na minha cabeça. Amigos, entes queridos que se foram e eu não tive a chance de dizer o quanto os amava, ex namorados e ex namoradas e então cheguei a uma foto e olhei bem pra ela e eu mal me reconheci. Nela estavam eu, a pessoa que eu amava e talvez ate ame ainda e meu antigo melhor amigo, eu estava no colo dele, ele me abraçava e eu ria e olhava dentro dos olhos da garota da minha vida que estava sentada bem em frente a mim sorrindo com a mão em meu rosto e me olhando dentro dos olhos também. Sabe, aquela lembrança mexeu tanto comigo eu era tão feliz naquela época e mal sabia, tinha as duas pessoas que eu mais amava ao meu lado, meu melhor amigo e a garota mais perfeita e linda do mundo.
À muitos anos que eu não mexia naquele baú e talvez fosse por causa daquela única lembrança que mexia tanto comigo e por isso eu resolvi jogar a fotografia fora, mais de que adiantava jogar fora aquele simples papel fotográfico que serviu apenas para paralisar um momento da minha vida se aquele momento havia ficado gravado em meu coração onde ninguém nunca arrancaria?
Deixei a janela aberta para que o ar pudesse correr em meio aquele quarto abafado em que me deixei trancar, pensei que assim pudera fazer com que a solidão fosse embora jundo com o calor. Deixei-a aberta para novos ares e sensações aparecerem. Não vou fecha-la nunca mas, já chega! Pode vir um vendaval, uma hora a chuva se acalma e tudo volta a sua normalidade. Uma voz atras de mim diz:
_Se cubra pequena…
Os males do mundo não chegam só com a janela fechada, nem tudo que tem uma certa liberdade é bom.
Sinto vontade de ficar sozinha, tomando a minha xícara de chá verde com biscoitinhos de chocolate. A folhas estão caindo a laranjeira está ficando sem cor, a vida continua passando, meus olhos já estão fundos de todas as noites em que passei acordada olhando a mesma imagem. Olhe ao seu redor, estou presa, não dentro deste quarto mas dentro de mim. Preciso que alguém me de liberdade. Olhe de novo ao seu redor, estamos cheios de gente ao nosso redor, mersmo assim continuamos a nos sentir sozinhos, deprimidos, abandonados […] Pobre alma, um dia foi tão feliz e hoje não passa de mas uma por ai, andando pelas ruas vazias de uma grande cidade.
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